segunda-feira, 30 de abril de 2012

A União das Igrejas Inclusivas


"... para que todos sejam um; assim como tu, ó Pai, és em mim, e eu em ti, que também eles sejam um em nós; para que o mundo creia que tu me enviaste.
E eu lhes dei a glória que a mim me deste, para que sejam um, como nós somos um;
eu neles, e tu em mim, para que eles sejam perfeitos em unidade, a fim de que o mundo conheça que tu me enviaste, e que os amaste a eles, assim como me amaste a mim." 
João 17:21-23




     Reportagem da BBC Brasil de 27 de Abril aponta o número de cerca de 10.000 fiéis e 40 comunidades de fé inclusivas no Brasil em 2012.* Isso é maravilhoso!
     Apesar de toda a oposição e de todas as dificuldades pelos nossos inimigos em comum estamos conseguindo crescer. E, junto com o crescimento das igrejas inclusivas, cremos também no crescimento da tolerância e do respeito aos LGBTs, não apenas cristãos, mas de todas as fés e, também, daqueles que não professam fé alguma.
     Nosso trabalho ainda é enorme, precisamos avançar muito nas veredas que o Senhor construiu para nós. Mas, existe um empecilho interno, um anjo de Satanás, colocando pedras no caminho das Igrejas Inclusivas: a vaidade!
     Por que não existe maior articulação e maior comunhão entre as poucas igrejas inclusivas existente em nosso país? Por que há tanta disputa de ego? Por que há corrida para ser "a melhor", "a maior", quando a luta deveria para ser pela maior comunhão e trabalho em conjunto?
     Que tal nos sentarmos juntos na mesa da comunhão, à parte de nossas diferenças teológicas e confessionais? Jesus não é maior que tais diferenças? O amor cristão não tem o poder de derrubar esses muros da vaidade humana e construir pontes de amor que nos une em um propósito?
     Que tal juntos planejarmos ações evangelísticas, ou protestos pacíficos contra a homofobia e a intolerância religiosas? Que tal lutarmos juntos contra o crescimento da AIDS? 
     Por que não fazemos conjuntamente seminários sobre Bíblia, sexualidade, prevenção? Por que juntos não fazemos retiros espirituais, encontros de casais e de solteiros? A nossa vaidade é quem nos salva? Cristo morreu em vão?
     Enquanto uns gritam que são os melhores, as travestis tombam baleadas nas ruas, sem ouvir a mensagem de amor de Jesus Cristo. Enquanto outros buscam a arrogância e a superioridade sobre os demais, há meninos sendo contaminados pelo HIV, pois não ouviram a mensagem da prevenção.
     Eu, pessoalmente, acredito que não há necessidade de existir outros ministérios além da Igrejas da Comunidade Metropolitana, que em sua estrutura agrega diversos grupos cristãos, com visões teológicas múltiplas, mas unidos pelo ideal do amor incondicional de Jesus Cristo. Todavia, se há diferenças e pluralidade de bandeiras denominacionais, vamos no sentar juntos e, não negando nossas identidades, planejar levar o Evangelho de Jesus Cristo aos quatro cantos deste país, deste continente, quiçá, do mundo.
     Que tal? Custa muito atenuar nossas vaidades? Esse é um pedido do Salvador, que morreu por todos, sem distinções, e que não criou as barreiras denominacionais, que por nosso vã egoísmo, surgiram na cristandade.
Vamos comungar juntos do Corpo e do Sangue do Senhor? Tenho certeza de que o que nos une é muito maior do que o que nos separa.

Inclusivos de todo o Brasil - Uni-vos!

Diác. Luiz Gustavo


Travesti diz que igreja inclusiva lhe dá 'liberdade'


Atualizado em  27 de abril, 2012 - 13:48 (Brasília) 16:48 GMT
A operadora de telemarketing Josiane de Sousa, de 25 anos, entrou pela primeira vez em uma igreja 'inclusiva' no centro de São Paulo certa de que ali reviveria um passado que queria esquecer.
Assim como muitos dos atuais membros da 'Igreja Cristã Metropolitana' (ICM), voltada predominantemente para o público gay, ela costumava frequentar uma igreja evangélica, onde cantava no coral.
Josiane de Sousa | Foto: BBC
Josiane foi expulsa de uma igreja evangélica a começar a se vestir como mulher
Lá, segundo ela, o pastor queria que se tornasse "um cantor de sucesso, gravasse cd e até participasse de um reality show" tamanha era sua popularidade.
Tudo mudou, entretanto, quando Josiane, que nasceu homem, revelou que sentia atração por pessoas do mesmo sexo. "Sempre me senti diferente do restante dos meninos", diz.
Expulsa da igreja, Josiane diz ter prometido a si mesma que nunca mais entraria em um templo religioso novamente. Resolveu, a partir daí, assumir integralmente sua identidade feminina. Hoje, omite seu nome de batismo.
Mas levada por um namorado à ICM, uma igreja inclusiva, Josiane mudou de ideia. "Aqui posso demonstrar o talento que Deus me deu sem sofrer qualquer preconceito", afirma.