quarta-feira, 29 de maio de 2013

ICM Baixada e ICM Betel realizam festas juninas!


domingo, 26 de maio de 2013

DRAG QUEENS E A INTOLERÂNCIA RELIGIOSA

"Disse-lhes Jesus: 


    




Esta semana fui bombardeado com uma notícia que me chocou e entristeceu profundamente: minha amiga Drag Queen Tchaka (a da foto) foi com um amigo nosso em comum, o Bill Santos, prestigiar a inauguração da Igreja Contemporânea que recentemente abriu uma filial no Tatuapé São Paulo. Conforme o relato que recebi dela (https://www.facebook.com/dario.neto.585/posts/567642563258480?comment_id=6309617&offset=0&total_comments=6&notif_t=share_comment), sua presença, naquela comunidade supostamente inclusiva, causou incômodo, sobretudo, à sua liderança. Segundo a artista paulistana, ao chegar montada na Comunidade, foi recebida com olhares e pouca intimidade pelos presentes. Ao conversar com o assessor de imprensa da "igreja", Bill ouviu dele que a presença dela era agressiva e o que uma mãe pensaria, vendo uma foto de uma drag queen no site da igreja. Algumas semanas depois, o líder dessa comunidade, Marcos Gladstone, encaminhou uma solicitação à nossa amiga para que fosse desmarcado das fotos de divulgação, de modo que não tivesse a imagem da igreja Contemporânea vinculada a uma drag queen.
           

sábado, 25 de maio de 2013

POIESIS, AESTHESIS E KATARSIS: A TRINDADE NA ALMA HUMANA E NA TOMADA DE CONSCIÊNCIA.




            Desde a Grécia antiga, a linguagem como produtora de sentido foi objeto de atenção de filósofos, artistas e médicos. Como produtora de sentido a linguagem é entendida como poiesis, cujo ato de criação, identificado como aesthesis produz efeitos de sentido no espírito humano, provocando a katharsis. De origem médica, esse termo significa o ato de purgação e purificação. Com Aristóteles, esse conceito, em sua Poética, terá o sentido de libertação produzida pela tragédia ou pela comédia. Duas coisas importantes a se observar aqui: poiésis, aesthesis katarsis não são entendidas de modo separado enquanto conceito de procedimento artístico desde os gregos até os teóricos da arte e filósofos modernos, mas intrínsecas entre si. Se fazemos esta distinção, é unicamente para fins didáticos deste texto. Além disso, não pretendemos abordar o uso histórico desses termos para não tornar o texto cansativo.

segunda-feira, 6 de maio de 2013

Deixa o meu povo ir... (Êxodo cap. 4 em diante...)






Navegando pela Internet, nesta segunda-feira, deparo-me com notícias referentes ao projeto de lei que criminaliza a prática do Candomblé na Cidade de Salvador, Bahia.
Disfarçado de “defesa dos animais”, o racismo brasileiro adquire mais uma face e, pensando bem, ele nunca mostrou sua verdadeira face pois possui muitas e possui em si, a marca de Caim. Com bem pouco esforço, conseguimos identificar esse racismo que é estrutural, e também, religioso.
Resiliente que é, meu povo está atento e enfrenta com bravura mais esse atentado contra a liberdade religiosa na incipiente democracia brasileira.
Diante disso, gostaria de lembrar uma história que aprendi desde criança :




Moisés e a abertura do Mar Vermelho
Certa vez, um deus novo se apresentou a um homem. Esse deus fez com que um arbusto queimasse, mas não virasse cinza e o incumbiu de dizer ao rei que libertasse o povo que estava escravizado para que este povo oferecesse sacrifício de animais no deserto. O homem foi ao rei e disse tudo o que o deus havia mandado, mas o rei não autorizou a ida do povo para sacrificar animais e ainda por cima intensificou a opressão contra o povo.
O deus ficou irado e enviou uma série de castigos sobre o rei e seu povo porque eles se opuseram à saída do povo para sacrificar os animais pra deus. Esses castigos foram 10, inclusive a morte de seus filhos. O povo, sob a liderança deste homem se organizou e cumpriu a ordem que era de ir ao deserto para sacrificar!
Marchando fixamente em direção ao objetivo, o povo perseguido e escravizado saiu em direção ao deserto, mas se deparou com um mar à frente. A ordem do deus foi clara: Marchem! O mar, que até então, parecia intransponível, se abriu e o que era dificuldade, a partir da organização e foco do povo, tornou-se em testemunho da grandeza de sua fé!




Certamente muitos já reconheceram a história e estão já me criticando por relacionar as duas realidades.
Quero dizer aqui que a posição do oprimido em relação ao opressor deve ser de organização, denúncia, unidade no objetivo e fé!
Essa é uma mensagem a um povo que foi e é, até hoje oprimido pelo racismo religioso. Esse povo também é meu! Não pretendo aqui cristianizar a discussão, mas apresentar um modo e um incentivo para que meu Povo de Santo não se curve diante daqueles que só querem nos matar. E porque chamo 'meu povo'? Porque a opressão nos une! Porque a ancestralidade nos une, porque a fé e a resiliência deve ser nossa bandeira!




Penso que o texto poderia ser melhor elaborado, mais coeso, mas a emoção não deixa a coesão passar!




Minhas mãos nas vossas, meu povo! Digam ao povo que marche!

Dc. Jeferson Rodrigues
Servo daquele que serve!