O DEUS DO POSSÍVEL - Por André Sena

“Sei estar abatido, e sei também ter abundância; em toda a maneira, e em todas as coisas estou instruído, tanto a ter fartura, como a ter fome; tanto a ter abundância, como a padecer necessidade. Posso todas as coisas em Cristo que me fortalece.” (Epístola de São Paulo aos Filipenses, 4:12-13) Uma dos mais belos aspectos de uma expressão religiosa[1] é a mística envolvida na vivência litúrgica. Não se enganem: há sempre uma liturgia, mesmo nos cultos de adoração de tipo extravagante que caracterizam a maioria das igrejas neo-pentecostais/neo-inclusivas. Dizer-se “livre de liturgia” ao acusar igrejas de vocação mais tradicional de “litúrgicas” só pode denunciar três situações: ou o acusador não sabe nem superficialmente o que significa liturgia; ou sabe e maliciosamente atrela a questão litúrgica a um tradicionalismo do qual jura não fazer parte; ou por absoluta má fé esquizóide, as duas coisas! A liturgia vivida em sua plenitude escapa do campo simplesmente metafórico das récitas ...