Estava com a intenção de escrever um artigo diferente para esse blog, mas ficará para o mês que vem, afinal, não vou me furtar de pensar, com você, caro leitor, sobre alguns pontos que são necessários dizer!
Esse vídeo aí em cima mostra um suposto pastor evangélico pedindo o DINHEIRO DO ALUGUEL de seus fiéis como oferta em prol de Deus abrir às portas da casa própria! São imagens fortes, estarrecedoras.
Nos Evangelhos nunca vimos Jesus pedir o dinheiro de alguém, nem coisa alguma de ninguém. Quando na multiplicação dos pães e peixes, ele o fez para todos que estavam presentes e com fome. Jesus nunca viu com oportunismo a necessidade do mais pobre como meio de se autofinanciar ou se promover. Jesus não desfilou com limusine em Jerusalém, alugada por 7 mil denários/ dia, nem comprou um avião para anunciar o Evangelho. Gente, ele ia a pé! Ele não adquiriu cavalos, nem carroças, não morou em mansões, e nunca USOU O DINHEIRO DOS QUE NELE DEPOSITARAM A FÉ PARA SEU PRÓPRIO DELEITE.
Jesus é aquele que diz para não ajuntarmos tesouros na terra, e para muitos isso pode parecer loucura, e é! Mas a lógica do Reino não é uma lógica individualista, centrada no eu. Mas uma lógica coletiva, que busca o pobre na sua miséria:
Então dirá o Rei aos que estiverem à sua direita: Vinde benditos de meu Pai. Possuí por herança o reino que vos está preparado desde a fundação do mundo; porque tive fome, e me destes de comer; tive sede, e me destes de beber; era forasteiro, e me acolhestes; estava nu, e me vestistes; adoeci, e me visitastes; estava na prisão e fostes ver-me. Então os justos lhe perguntarão: Senhor, quando te vimos com fome, e te demos de comer? Ou com sede, e te demos de beber? Quando te vimos forasteiro, e te acolhemos? Ou nu, e te vestimos? Quando te vimos enfermo, ou na prisão, e fomos visitar-te? E responder-lhes-á o Rei: Em verdade vos digo que, sempre que o fizestes a um destes meus irmãos, mesmo dos mais pequeninos, a mim o fizestes.
Jesus nunca pediu nada para si mesmo, nem para o Reino, que não fosse à causa do outro, do próximo e do semelhante. O Evangelho que é anunciado, não é o das palavras, mas é do Verbo Encarnado, vivenciado, experimentado. Você pode anunciar Jesus de todos os jeitos, mas, se forem só palavras, então, seu efeito será vazio, desconhecido, inútil:
Então dirá também aos que estiverem à sua esquerda: Apartai- vos de mim, malditos, para o fogo eterno, preparado para o Diabo e seus anjos; porque tive fome, e não me destes de comer; tive sede, e não me destes de beber; era forasteiro, e não me acolhestes; estava nu, e não me vestistes; enfermo, e na prisão, e não me visitastes. Então também estes perguntarão: Senhor, quando te vimos com fome, ou com sede, ou forasteiro, ou nu, ou enfermo, ou na prisão, e não te servimos? Ao que lhes responderá: Em verdade vos digo que, sempre que o deixaste de fazer a um destes mais pequeninos, deixastes de o fazer a mim. E irão eles para o castigo eterno, mas os justos para a vida eterna.
Agora, olhe para esse outro vídeo, desse monge dominicano que viveu em 1517 na Alemanha, Tetzel:
Qualquer semelhança não é mera coincidência! Cuidado, pois querem explorar sua fé.