quinta-feira, 22 de outubro de 2009

III SEMINÁRIO "A HOMOSSEXUALIDADE E A BÍBLIA" - NA COMUNIDADE BETEL


segunda-feira, 12 de outubro de 2009

A GENTE NÃO QUER SÓ COMIDA!

Caros amigos,

A despeito de qualquer crítica que possamos ter às Paradas do Orgulho LGBT e ao movimento LGBT no Brasil, como um todo, o manifesto a seguir é digno de leitura. Peço que repassem a todos os seus amigos. Trata-se da atitude arbitrária e completamente anti-democrática, ocorrida no domingo, 11 de outubro de 2009, na cidade de Duque de Caxias, Rio de Janeiro. O prefeito da cidade impediu que fosse realizada a 4ª edição do evento, oferecendo à população desculpas moralistas e relacionadas a uma suposta aliança com grupos evangélicos (argh!) da cidade. Leiam, repassem e deixem seus comentários nas reportagens sobre o cancelamento da parada nos links que seguem:

Reportagem do Jornal O Globo
Reportagem do portal G1
Comentem também no site oficial da cidade, na seção Fale com o Governo!


A gente não quer só comida!
Manifesto contra o cancelamento da Parada LGBT de Duque de Caxias

A Comunidade Betel do Rio de Janeiro, organização religiosa da qual sou membro, preparou-se hoje para militar pela Inclusão Cristã da população LGBT na cidade de Duque de Caxias, através da 4ª edição da Parada do Orgulho LGBT da cidade (que já é considerada a segunda maior do Estado, atrás da de Copacabana) e qual não foi minha surpresa ao chegar ao local! O evento estava cancelado!

A Avenida Brigadeiro Lima e Silva, onde ocorreria o evento, estava lotada. Os carros de som estavam preparados, a população em massa, concentrada. Milhares de lésbicas, gays, bissexuais e transgêneros reunidos, mas não puderam caminhar porque o prefeito da cidade, José Camilo Zito dos Santos, impediu o acontecimento do evento.

Ora, a fama de coronel do dito prefeito já é conhecida de velha data. Com seu discurso de cunho populista, muito mal acabado, conseguiu se eleger ano passado novamente, após um recesso de 4 anos que interrompeu seu duplo exercício na prefeitura, após os 8 anos ininterruptos em que se manteve no poder executivo da cidade. Entretanto, a resposta deste cidadão (?) ao povo que o elegeu não possui outra palavra senão TRAIÇÃO. Zito traiu o pacto que todo governante precisa ter com o seu povo. Isto porque, em uma democracia, o que é do povo é do povo! Não há líder político algum que pode impedir. E os direitos da população LGBT são algo que está sendo reivindicado pelas lésbicas, pelos gays, pelos bissexuais e transgêneros de Duque de Caxias, cidadãos e cidadãs e pagam seus impostos, muitos dos quais sem possuir o luxo e a riqueza que o seu Excelentíssimo Coronel-Mor possui. Zito dá migalhas a porcos! Zito acha que os cidadãos e cidadãs caxienses merecem não mais que ruas enfeitadas de azul e amarelo, meio-fios pintados de um mostarda sem-graça e sem sabor, pontos de ônibus redesenhados e instalados sem necessidade, asfalto, show e obra. Não, prefeito, como diz a canção, “a gente não quer só comida, a gente quer comida, diversão e arte (...) a gente quer saída para qualquer parte (...) a gente quer bebida, diversão, balé (...) a gente quer a vida como a vida quer”. Mas a nossa vida tem sido ceifada por não poucos homofóbicos – classe da qual o senhor sem dúvida participa – que, se não atuam diretamente, apoiam a prática homofóbica, inclusive porque se omitem diante dela.

Qual o motivo para impedir a 4ª Parada LGBT de Duque de Caxias? A resposta veio ainda durante a concentração do evento: o prefeito se mancomunou com um grupo de evangélicos da cidade, os quais lhe teriam prometido aliança para sua futura candidatura ao Governo do Estado do Rio de Janeiro. E o que vem dessa corja evangelical não poderia ser algo diferente do que a condenação dos LGBT’s, não apenas ao Inferno, mas ao inferno que é viver à margem da sociedade, com seus direitos negados, alijados dos privilégios que sempre foram ostentados pelos heterossexuais (como o direito à liberdade de amar a quem quiser, o direito de beijar quem quiser, o direito de feliz, de dar carinho, de viver a vida como a vida quer...). Este motivo, contudo, não é oficial, mas é provável que tenha seu fundo de verdade, sobretudo se considerarmos a ambição do prefeito em questão. Contudo, o que há que se analisar é o pronunciamento oficial da Prefeitura, que é sobre ele que geramos os nossos argumentos e podemos nos posicionar. O prefeito impediu a Parada LGBT porque o evento causa muitos transtornos à cidade, e que os homossexuais fazem gestos obscenos em público. Em primeiro lugar, gostaria de informar a todos vocês que o atual prefeito de Duque de Caxias se elegeu e/ou se manteve no poder às custas de inúmeros shows financiados com verba pública, com artistas famosos, showmícios megalomaníacos, muitos dos quais realizados para comemorar alguma façanha, um aniversário da cidade, a reeleição, a vitória de alguma coisa importante para ele. Quantos não foram os shows de música gospel autorizados pela Prefeitura de Duque de Caxias? Por quantas vezes não tivemos nossas ruas interditadas? Uma dessas vezes foi há duas semanas atrás, quando a Prefeitura autorizou a interdição da Avenida Brigadeiro Lima e Silva, no mesmo local da Parada LGBT, para a edição de uma grande feira de automóveis, num domingo ensolarado como o do dia 11 de outubro de 2009. Entretanto, diferente da luta pelos direitos LGBT’s, o mega feirão não foi cancelado! Quanto aos gestos obscenos, informo que esta palavra é um juízo de valor, e o senhor há de explicar o que significa “obsceno”. Para o senhor, “obsceno” pode ser dois homens se beijando em público e, por mais que o senhor ache que isso escandalize, prefeito, este ato É UM DIREITO! Os demais gestos que a lei impede de serem realizados (como a prática de sexo explícito, por exemplo) não são privilégios dos LGBT’s e caso acontecessem, caberia à segurança pública da cidade impedi-los. Conheço inúmeros heterossexuais que praticam sexo publicamente em momentos os mais variados e, nem por isso, a Prefeitura deixa de promover as micaretas, os shows evangélicos, os pagodões, as festas eleitoreiras. Mas o que nós queremos, José Camilo Zito dos Santos, não é o direito de praticar sexo explícito nas ruas de Caxias, mas o direito de andarmos nas ruas da cidade, sozinhos, inclusive, sem sermos apedrejados, injuriados, machucados ou MORTOS pelo fato de sermos lésbicas, gays, bissexuais e transgêneros.

O cancelamento da Parada LGBT de Duque de Caxias foi um desserviço da Prefeitura de Duque de Caxias à população caxiense e, de maneira geral, a todos os fluminenses que lutam por uma sociedade mais igualitária e justa. E o senhor, como líder deste ato cruel – que impediu que as milhares de pessoas ali reunidas caminhassem pacificamente em busca de seus direitos – passou a integrar a rede de cúmplices pela morte de milhares de lésbicas, gays, bissexuais e transgêneros que têm suas vidas ceifadas simplesmente pelo fato de serem quem são. Eu, como cidadão, caxiense, professor, cristão e integrante da população LGBT, tenho vergonha de ter no Executivo da minha cidade o senhor como prefeito. No que depender de mim, Zito, nunca mais pisarás na Prefeitura de Duque de Caxias ou em qualquer outro órgão que possa lhe render algum cargo político. A cidade que acaba de ser palco da I Jornada de Educação LGBT, comete essa gafe histórica e nada educada, cujo agente principal é o senhor. E o senhor, prefeito, acaba de ganhar um opositor e, esteja certo, um opositor que não caminha sozinho. Para ti, no pleno exercício da minha cidadania, ofereço o meu desprezo e o meu asco, em nome da minha consciência que me faz cidadão, que me faz livre, que me faz viver dignamente toda a vida que ainda não me foi retirada por gente como o senhor.

Léo Rossetti

Se você também repudia a atitude do prefeito de Duque de Caxias, assine esse manifesto e repasse a seus amigos por e-mail.

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

06 de Outubro de 1968 - Você sabe o que aconteceu?

   Todos os anos eu me lembro do dia 06 de Outubro, mas esse ano, devido à correria da vida, deixei passar sem perceber... Toquei-me da importância desta data já na madrugada do dia 08 de Outubro. Pensativo e meio triste, confesso, com o caminhar da Igreja Inclusiva no Brasil, fiz minha viagem pela história do nascimento da Inclusão.

   Pra quem não sabe, foi no dia 06 de Outubro de 1968, que foi realizado o primeiro Culto Inclusivo da história da cristandade. Isso oficialmente, pois se houve outro nalgum outro lugar, até hoje não sabemos.

   O Rev. Troy Perry tinha colocado, dias antes, na revista gay (a mais antiga dos EUA) The Advocate, da cidade de Los Angeles, o anúncio de que no dia 06 de Outubro realizar-se-ia um Culto para a Comunidade Gay da cidade de Los Angeles, em sua casa.

   Doze pessoas compareceram no dia marcado, entre eles um casal heterossexual. Nascia assim as Igrejas da Comunidade Metropolitana, a primeira denominação inclusiva da terra, e até hoje a maior, com quase 50.000 membros e 250 igrejas por todo o mundo.





   São 41 anos [em 2009] de Inclusão e pregação do genuíno Evangelho de Jesus Cristo, que a ninguém exclui.
   A ICM muito sofreu nesses anos. Mais de vinte igrejas foram incendiadas. Ameaças de bombas, pastores e líderes foram assassinados, vinho da Santa Ceia envenenado, além das inúmeras vexações públicas que seus membros já foram obrigados a passar.

   No Brasil ela tentou se estabelecer nos anos 80, na cidade do Rio de Janeiro, com o ex-pastor da ICM, Rev. Roberto Gonzáles, da ICM Buenos Aires, não logrando êxito. Há relatos, não confirmados, de uma outra tentativa, nos anos 90, por uma diplomata brasileira, que logo mudou-se para o Oriente Médio, chamada Isabel, mas não pode-se confirmar tal tentativa.

   Em Maio de 2004 é finalmente inaugurada a primeira igreja da ICM no Brasil, a Igreja da Comunidade Metropolitana do Rio de Janeiro, sendo nomeado Líder Pastoral Interino (IPL) Marcos Gladstone. A igreja do Rio teve muitos problemas administrativos e organizacionais, tendo por fim, em Março de 2006, a licença interina de Marcos Gladstone sido cassada pela Bispa Darlene Garner, e encerrando essa etapa da ICM na cidade do Rio.

   A Partir de 2006 a ICM expande-se com muitas dificuldades pelo Brasil, chegando à Fortaleza, Teresina e Brasília. Em Agosto é inaugurada a ICM São Paulo, sob a liderança do Pastor Cristiano Valério, e uma nova Missão no Rio de Janeiro, a Igreja da Comunidade Metropolitana Betel, sob a liderança do Pastor Márcio Retamero e de membros da extinta ICM Rio.

   A Missão da ICM Betel dá uma pausa em seu processo de filiação à ICM, e hoje caminha como uma comunidade independente, a Comunidade Betel do Rio de Janeiro, que mantém laços fraternais com as Igrejas da Comunidade Metropolitana, mas não institucionais. [A Comunidade Betel afiliou-se em definitivo às ICMs em Novembro de 2010, onde permanece até a data atual - comentado adicionado em 06/10/12.]

   Hoje a ICM possui sete Igrejas, Missões e Grupos no Brasil, mas ainda tem muito a fazer pela promoção do Evangelho Inclusivo nessas terras.

   O Rev. Troy não está mais na direção desta obra, pelo menos não diretamente. Hoje a presidência da ICM está nas mãos de uma mulher, Rev. Nancy Wilson, que tem trabalhado no mesmo espírito de Troy para a promoção do Evangelho da Inclusão.

   O que eu desejo, do fundo do meu coração, é que a ICM continue a crescer pelo Brasil e pelo mundo, nesse mesmo espírito de fé e amor, sedenta de libertar cativos e opimidos, dando vista aos cegos e anunciando o "ano" da Graça do Senhor.

   Deus abençoe as Igrejas da Comunidade Metropolitana! Deus abençoe seu profeta, o Rev. Troy Perry, pastor da esperança, profeta da Inclusão, assim como toda a liderança dessa Igreja, com I maiúsculo, exemplo a ser seguido e vivido.

Parabéns ICM!

Com amor,

Diác. Luiz Gustavo,




Campanha de Arrecadação de Fraldas Geriátricas



A Comunidade Betel do Rio de Janeiro www.betelrj.com está realizando uma Campanha de Arrecadação de fraldas geriátricas, para serem doadas ao Lar Samaritano, da Igreja Presbiteriana do Brasil.
As doações podem ser feitas na sede da Igreja:
Praia de Botafogo, 430 - sobreloja - Rio.
Às quintas, às 19:30, e aos domingos, às 19:00. Basta se dirigir aos diáconos da igreja e realizar a doação. Participem!